A noite em que me tornei Porto Alegrense
Esta mesma lenda diz que o estatuto prevê diversas provas de amor, conhecimento e admiração pela cidade, e que 4 deles são disparados os de maior importância e prioridade. Nem por isto mais são mais difíceis que qualquer outro (pra quebrar qualquer clichê).
São eles:
I) Todo Porto Alegrense DEVE torcer por um dos times da cidade. Sendo ele Azul (Grêmio, Imortal Tricolor!) ou Vermelho (Internacional). Sendo proibido dizer que torce para São José, Cruzeiro, Porto Alegre FC ou algum outro clube de fora da cidade;
Ok, Vamo, Vamo, Vamo Tricolor...
II) Todo porto-alegrense DEVE, pelo menos uma vez na vida, ter visto o pôr-do-sol do Guaíba. Sendo proibida as palmas, gritos de “Uhull” ou “Que lindo” para o fenômeno;
Ok, impossível perder.
III) Todo Porto Alegrense DEVE, pelo menos uma vez na vida, ir ao Brique da Redenção. Mesmo que seja para ficar só rodeando as barraquinhas sem comprar nada;
OK, feito.
IV) Todo Porto Alegrense deve assistir, pelo menos uma vez a cada 5 anos, ao espetáculo Tangos & Tragédias ou Pois é Vizinha. Sendo que estes quase sempre estão em cartaz na capital;
Era “agora ou nunca”.
Logo após o Will mandar e-mail falando sobre o estatuto e convidando para ver Tangos e Tragédias no Teatro São Pedro, durante o Porto Verão Alegre, pensei; “É agora ou nunca”.
Não que nunca mais tivesse outra oportunidade, ou que fosse o encerramento da peça e nunca mais fizessem nenhuma das duas.
Não que Grêmio e Inter falissem ou o pior, para fugir da falência se unirem formando um time só (talvez até ocorra em 2012, mas só depois de o mundo acabar).
Não que o brique estivesse proibido de acontecer, ao menos da forma que é e fosse construído sobre alguma avenida próxima alguma espécie de “Briquódromo”.
E muito menos que o sol se negasse dia a pós dia a ir se esconder no horizonte magnífico do Guaíba.
Mas sim porque conforme o próprio Will ele ainda não havia completado a lista de Deveres do Estatuto do Porto Alegrense.
Agradecimentos:
- Gê, por pegar fotinhos no orkut.
- Rosália, pelas fotinhos do pôr-do-sol.